sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
Encontre mais artistas como Frank Jorge em Myspace Music
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
2Raumwohnung - Ich Weiss Warum
2raumwohnung - Wir Sind Die Anderen
2Raumwohnung - Wir trafen uns in einem Garten
2raumwohnung - Besser Gehts Nicht
2raumwohnung Live - Ich und Elaine
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
TiÊ - Te Valorizo - Sweet Jardim
Tiê tem 27 anos de idade, e já foi modelo da badalada agência Ford Models, vocalista de apoio da banda de Toquinho, dona de brechó/bar, estudante de canto em Nova York…. A garota, pelo visto, não veio ao mundo para ser turista. Neta da atriz Vida Alves, que protagonizou com Walter Forster o primeiro beijo da teledramaturgia brasileira, ela agora lança o seu primeiro álbum como artista solo. Sweet Jardim, que sai pela via independente, pode ser definido em poucas palavras como um álbum folk, com violões à frente, arranjos delicados e a voz doce e afinadíssima de Tié como principal atração. Além, é claro, das suas letras abordando de forma inteligente e sensível o universo amoroso, acompanhadas por melodias simples e agradáveis. Em um mundo no qual as comparações se fazem inevitáveis, a cantora, compositora e musicista equivale a uma espécie de Mallu Magalhães para adultos, sem querer menosprezar ou superestimar uma ou outra. Ambas são ótimas, cada qual em seu estágio atual de carreira. A produção, a cargo do carioca Plínio Profeta, é de bom gosto e bom senso absurdos, apostando no conceito “menos é mais”, que se mostra o mais adequado para vestir as dez canções incluídas no CD. Participam do mesmo Tatá Aeroplano, Toquinho, Jr.Tostói e o próprio Plínio Profeta, entre outros. Assinado Eu, 5 Andar, Te Valorizo, Stranger But Mine e a faixa título são destaques em um repertório coeso, que ressalta uma obra amadurecida de quem estréia na hora certa. Com timbre vocal que lembra os de Paula Toller e Vanessa da Mata, Tiê tem tudo para se firmar no fértil cenário independente da música brasileira, ou até ir além. Ela se apresenta ao vivo em todas as quartas-feiras de março no Studio SP (www.studiosp.org ), com entrada gratuita.
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Vitor Ramil délibáb documental compacto
Vento Negro (por Kleiton & Kledir e Vitor Ramil)
Onde a terra começar
Vento Negro gente eu sou
Onde a terra terminar
Vento negro eu sou
Quem me ouve vai contar
Quero luta, guerra não
Erguer bandeira sem matar
Vento Negro é furacão
A vida o tempo
A trilha o sol
Um vento forte se erguerá
Arrastando o que houver no chão
Vento negro, campo afora
Vai correr
Quem vai embora tem que saber
É viração
Nos montes, vales que venci
Do coração da mata virgem
Meu canto, eu sei, há de se ouvir
Em todo o meu país
Não creio em paz sem divisão
De tanto amor que eu espalhei
Em cada céu em cada chão
Minha alma lá deixei
A vida o tempo
A trilha o sol
Um vento forte se erguerá
Arrastando o que houver no chão
Vento negro, campo afora
Vai correr
Quem vai embora tem que saber
É viração
Quem vai embora tem que saber
É viração
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Vitor Ramil - Ramilonga
Chove na tarde fria de Porto Alegre
Trago sozinho o verde do chimarrão
Olho o cotidiano, sei que vou embora
Nunca mais, nunca mais
Chega em ondas a música da cidade
Também eu me transformo numa canção
Ares de milonga vão e me carregam
Por aí, por aí
Ramilonga, Ramilonga
Sobrevôo os telhados da Bela Vista
Na Chácara das Pedras vou me perder
Noites no Rio Branco, tardes no Bom Fim
Nunca mais, nunca mais
O trânsito em transe intenso antecipa a noite
Riscando estrelas no bronze do temporal
Ares de milonga vão e me carregam
Por aí, por aí
Ramilonga, Ramilonga
O tango dos guarda-chuvas na Praça XV
Confere elegância ao passo da multidão
Triste lambe-lambe, aquém e além do tempo
Nunca mais, nunca mais
Do alto da torre a água do rio é limpa
Guaíba deserto, barcos que não estão
Ares de milonga vão e me carregam
Por aí, por aí
Ramilonga, Ramilonga
Ruas molhadas, ruas da flor lilás
Ruas de um anarquista noturno
Ruas do Armando, ruas do Quintana
Nunca mais, nunca mais
Do Alto da Bronze eu vou pra Cidade Baixa
Depois as estradas, praias e morros
Ares de milonga vão e me carregam
Por aí, por aí
Ramilonga, Ramilonga
Vaga visão viajo e antevejo a inveja
De quem descobrir a forma com que me fui
Ares de milonga sobre Porto Alegre
Nada mais, nada mais
Vítor Ramil - Deixando o Pago
Música: Deixando o Pago
Intérprete: Vitor Ramil
Composição: Vitor Ramil (poema de João da Cunha Vargas)
Fotos e Montagem: Val para MD.
Alcei a perna no pingo
E saí sem rumo certo
Olhei o pampa deserto
E o céu fincado no chão
Troquei as rédeas de mão
Mudei o pala de braço
E vi a lua no espaço
Clareando todo o rincão
E a trotezito no mais
Fui aumentando a distância
Deixar o rancho da infância
Coberto pela neblina
Nunca pensei que minha sina
Fosse andar longe do pago
E trago na boca o amargo
Dum doce beijo de china
Sempre gostei da morena
É a minha cor predileta
Da carreira em cancha reta
Dum truco numa carona
Dum churrasco de mamona
Na sombra do arvoredo
Onde se oculta o segredo
Num teclado de cordeona
Cruzo a última cancela
Do campo pro corredor
E sinto um perfume de flor
Que brotou na primavera.
À noite, linda que era,
Banhada pelo luar
Tive ganas de chorar
Ao ver meu rancho tapera
Como é linda a liberdade
Sobre o lombo do cavalo
E ouvir o canto do galo
Anunciando a madrugada
Dormir na beira da estrada
Num sono largo e sereno
E ver que o mundo é pequeno
E que a vida não vale nada
O pingo tranqueava largo
Na direção de um bolicho
Onde se ouvia o cochicho
De uma cordeona acordada
Era linda a madrugada
A estrela dalva saía
No rastro das três marias
Na volta grande da estrada
Era um baile, um casamento
Quem sabe algum batizado
Eu não era convidado
Mas tava ali de cruzada
Bolicho em beira de estrada
Sempre tem um índio vago
Cachaça pra tomar um trago
Carpeta pra uma carteada
Falam muito no destino
Até nem sei se acredito
Eu fui criado solito
Mas sempre bem prevenido
Índio do queixo torcido
Que se amansou na experiência
Eu vou voltar pra querência
Lugar onde fui parido
Vítor Ramil - Estrela, Estrela
Estrela, estrela
Como ser assim
Tão só, tão só
E nunca sofrer
Brilhar, brilhar
Quase sem querer
Deixar, deixar
Ser o que se é
No corpo nu
Da constelação
Estás, estás
Sobre uma das mãos
E vais e vens
Como um lampião
Ao vento frio
De um lugar qualquer
É bom saber
Que és parte de mim
Assim como és
Parte das manhãs
Melhor, melhor
É poder gozar
Da paz, da paz
Que trazes aqui
Eu canto, eu canto
Por poder te ver
No céu, no céu
Como um balão
Eu canto e sei
Que também me vês
Aqui, aqui
Com essa canção
Vítor Ramil canta João da Cunha Vargas (1900)
João da Cunha Vargas nasceu em 28/12/1900 e não foi além das primeiras letras, como ele mesmo costumava dizer, não era muito manso de livros. Certamente aprendeu os segredos que nos conta ao ranger dos bastos e no tranco das tropeadas, talvez por isso sua poesia mais que repete o que o povo diz, ela tem uma inscrição pessoal poucas vezes vista.
Um nativista que se aproxima ao extremo das fontes tradicionais da poesia, poesia brotada em estado de pureza, sem contaminações intelectuais, feita para ser lida e declamada. João da Cunha Vargas sabia todos seus versos de cór -- literalmente de coração
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
Pato Fú - Sonífera Ilha
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